E quando acaba o fôlego?!

Ultimamente, há um fenomeno ocorrendo neste blog, de repente, depois que eu achava que só eu lia esse negócio, as coisas começaram a mudar, e por incrivel que pareça, tenho até recebido elogios, mole?! Agradeço às meninas da Oi por esse fenômeno..rs.
Bom, mas esta foi uma semana, eu diria tensa, em certo momento. É legal escrever fatos a respeito da vida, de Deus, de pessoas, enfim, mas tudo isto é teoria, você só percebe o seu real valor, quando as coisas estão por um fio.
Quarta feira, parto pra natação, mais um dia da campanha anti sedentarismo que tenho me empenhado em cumprir. Tudo ok, aprendo uma modalidade de nado novo, nado peito, e resolvo dar uma de atleta, fazendo o exercicio, sem muito cuidado. De repente, subo da agua errado, engulo muita agua, nada alem do anormal, mas de repente, percebo que me engasguei com essa agua, e... não consigo mais respirar. Tento respirar ainda na piscina, por cerca de 15 segundos, mas aí percebo que não dá! Nesse ponto a coisa começa a ficar critica, saio da piscina me arrastando, e consigo encostar na parede, nesse ponto já são 40 segundos sem conseguir respirar, começo a fazer um barulho estranho, e bem alto, imaginoa você puxando o ar, e ele não vindo.. o instrutor corre pra ver o que está acontecendo, a criançada para de nadar e começa a olhar a cena, todos atônitos. Neste ponto, cerca de 45 segundos, e o pulmão provavelmente, cheio de H2O, começo a realmente refletir sobre a minha vida, estou plenamente consciente, e lembro de perguntar em pensamento: Jesus, até quando isso vai durar?! me livra só dessa por favor!!... me livra só dessa por favor... me livra só dessa por favor!! Penso em vomitar, ou desmaiar, mas sou teimoso, eu não gosto de passar vergonha, mesmo sendo expert em micos. Começo a lembrar que sempre venço dos meus amigos, quando disputo, quem aguenta ficar mais tempo embaixo dagua. Resolvo tentar puxar o ar mais um pouco, e o barulho que eu faço fica cada vez mais aterrorizante, o instrutor do meu lado, gritando o que ta acontecendo, nessa altura, ja são um minuto e meio sem ar. Amigo, não é querendo se gabar, mas nessa altura, a maioria das pessoas que eu conheço ja teria desistido. E de repente, sinto uma abertura, o ar começa a passar, to fraco, to nervoso, sei lá.. to aliviado. Vou p/ ducha a pedido do instrutor, e... volto p/ continuar a nadar, afinal não é o fim.
Aprendi duas coisas, uma é ter mais medo da agua, e a outra, é superar as dificuldades. Quantas vezes, não somos paralisados, por coisas que aconteceram, nos traumatizaram, sei lá, uma desilusão amorosa, uma traição, um constragimento em público, e não conseguimos mais andar. Vivemos presos ao passado, descrentes de que a vida tem mais a oferecer, e que o melhor sempre esta por vir. Culpamos a idade dizendo que não somos mais capazes, ou culpamos as pessoas, creditando a elas, o motivo do nosso fracasso. E isso não muda nada! Sempre é tempo de mudar, e deixar antigos traumas, afogamentos pra tras... afinal... Ainda há oxigênio!!!